Janis Joplin |
Hoje eu vou falar sobre
algo que eu gosto muito: música. Apesar de não saber tocar nem uma tampa de
panela na outra, eu sou muito musical. Gosto de variados estilos musicais e
sempre que posso escuto algo novo. Mas, a lista de hoje será de músicas
feministas que estão na minha playlist e não sairão tão cedo.
A primeira da lista
será a maravilhosa Pitty, baiana, mulher arretada e rockeira. A música super
feminista dela que eu amo é a “Desconstruindo Amélia”, que nem é necessário uma
análise profunda para entender que ela faz referência a música “Ai, que saudade da Amélia”, gravada por
diversos artistas e que faz referência a tão sonhada “mulher de verdade”, que lava, passa e cozinha sem reclamar. Aí a Pitty fez o favor de desconstruir este estereótipo, expondo pontos marcantes
como a desigualdade salarial e o acúmulo de funções que a mulher é obrigada a
ter.
Pink com “Slut Like You”
me conquistou, pois já acompanho o trabalho dela há alguns anos e gosto da
maioria das suas músicas, mas esta, em especial, chama atenção pelo fato dela
dizer “Ok, sinto lhe informar, mas sou tão vadia quanto você. Não quero nada
sério”. E tudo isso num tom de brincadeira com fundo de verdade. Enfim, eu amo
esta música e vivo escutando. É interessante a forma com que a Pink aborda um
assunto tão polêmico com uma música que dá vontade de sair dançando e cantando
o refrão bem alto.
Não poderia faltar
Beyoncé nesta lista, não é? A Beyoncé gravou um CD ultra-mega-power feminista e eu
escolherei duas músicas para colocar aqui. A primeira é “Grown Woman”, onde ela
deixa bem claro que ela é uma mulher crescida, e portanto, pode fazer o que ela quiser. E
isto é válido para todas as mulheres adultas: façam o que vocês quiserem.
A
outra música bem legal é “Flawless”, que nem precisa de muita explicação, já
que tem até parte de um discurso da Chimamanda Ngozi Adichie sobre o feminismo.
Vanessa da Mata em seu último CD "Segue o Som", dentre todas as músicas legais que o compõem, tem uma que me conquistou, que foi "Toda Humanidade Nasceu de uma Mulher". Onde ela canta a mais pura verdade ao afirmar que "toda a humanidade nasceu de uma mulher".
A última música, mas
não menos importante é “Hard Out Here” da Lily Allen, que ficou afastada do
mundo musical por alguns anos e voltou com tudo. Nesta música ela deixa bem
claro algumas questões do tipo: não vou para a cozinha, pois você não me achou
lá. Se eu disse que transo com vários, me chamarão de puta, mas quando um homem
faz o mesmo ninguém reclama. Ela aborda questões do cotidiano de várias
mulheres ao redor do mundo.
Acho incrível o poder
que a música tem de ampliar horizontes e nos fazer perceber coisas que até
então não tínhamos conhecimento. A música, além de uma ferramenta de lazer e
relaxamento pode e deve ser uma arma contra os diversos tipos de preconceitos
que existem em nossa sociedade.
Acho que uma análise mais aprofundada dessas músicas mereciam um artigo...
ResponderExcluirJá está claro que a senhorita será uma pesquisadora nos estudos de gênero, né? ;)
Eu só vi o comentário hoje. I'm sorry! rs
ExcluirEnfim, cada música renderia um artigo, eu acho... Mas deixa eu dar um passo de cada vez. rs