quarta-feira, 15 de julho de 2015

Escreva, Talita, escreva!


Hoje resolvi escrever sobre coisas que me deixaram feliz esta semana. Mas irei começar do começo (sorry pela redundância), para os leitores entenderem o porquê da alegria. Então, ano passado consegui um espaço dentro do site Obvious para escrever, mas o ambiente não parecia o certo para as ideias que me inquietam. Publiquei apenas um texto e desisti. Logo depois, criei este espaço e comecei a comentar sobre diversos assuntos que me alegram, irritam e que, às vezes, provocam mini-infartos. Os amigos e parentes leram quase todos estes textos, mas eu sentia que não tinha alcançado o público alvo ainda e precisaria de algo mais.

Algo que pudesse disseminar todas as ideias feministas e revolucionárias que moram dentro de mim. Um site/blog/jornal que pudesse tornar isso possível. No entanto, apesar de saber escrever de maneira decente, eu não consigo sentir firmeza e não consigo me afirmar escritora ou qualquer coisa do tipo. Acredito que o título não me caia bem, pois estou longe de ser uma Cecília Meireles, Clarice Lispector ou uma Chimamanda Ngozi Adichie brasileira. Mas o escrever, desenhar com as palavras e expressar o que sinto através dos textos me encanta, acalma e desperta o espírito revolucionário que há dentro de mim.

Pois bem, resolvi escrever outro texto e enviar para o site Blogueiras Feministas, que reúne textos de mulheres feministas sobre os variados temas pertinentes ao movimento. Digitei, digitei e digitei. Enviei o texto, cujo título é "O desrespeito a identidade de gênero no jornalismo brasileiro" e logo em seguida me arrependi e pensei: “Poderia ter feito melhor. Esse texto está horrível. Jamais irão publicar. Falta o acento grave no "a" que está no título”. Até que me responderam e confirmaram a publicação. A sensação de ter a sua escrita valorizada por um estranho é maravilhosa. Senti-me tão importante quanto a Clarice Lispector (sou exagerada mesmo) e fiquei muito feliz.

Então, na segunda-feira (13), recebi um e-mail com o link do texto postado e logo em seguida meu coração se encheu de alegria. Na verdade, a sensação é a mesma de tirar dez numa prova e receber elogio público do professor (a). Mas, a melhor parte não foi essa e sim quando eu vi que, a maravilhosa Maria Clara Araújo, militante transativista, compartilhou o texto em sua página no Facebook e ainda me elogiou. Quase infartei de tanta alegria. Pois, quem me conhece bem, sabe que eu sou fã assumida dela por vários e vários motivos. E, ter o seu trabalho reconhecido, é bom demais.

Agora à noite, vagueando pela linha do tempo no Facebook, me deparo com outro compartilhamento do meu texto. A também militante, Daniela Andrade, o compartilhou. Apesar de ter atingido uma parte do público-alvo ao qual o texto é direcionado; acredito que obtive sucesso. Resta que jornalistas e estudantes de jornalismo o leiam e se sensibilizem, pois não basta apenas tornar comum a informação, o social tem de estar em acordo e interligado.

Por fim, hoje (15), ao acordar às 6:30h, esperando a minha mãe chegar de sua viagem à Salvador; peguei o celular (vício maldito), loguei em minha conta no Facebook e dei de cara com um texto da Renata Corrêa, no site Lugar de Mulher, sobre a importância de escrever. As palavras que passavam pelos olhos pareciam ter sido digitadas para mim, apenas para mim. Ela escrevia, mas sempre duvidava de sua habilidade como escritora, apesar de todos a reconhecerem como tal profissional. Ao terminar de lê-lo, percebi que aceitar-me como escritora, talvez, seja um processo longo e árduo, mas não tão necessário. Aceitar os elogios e as críticas me farão uma profissional melhor, mesmo que a escrita não se torne a minha profissão. O farei por puro prazer. Pois, disseminar ideias e pensamentos que podem transformar o mundo num lugar melhor me deixa feliz.


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