quarta-feira, 8 de junho de 2016

Vinte fatos sobre mim


Ontem, mesmo sem ser desafiada por algum amigo/amiga, resolvi listar 20 fatos sobre mim e, depois de todos os comentários, pensei mais e percebi que existem incontáveis coisas sobre a minha pessoa que, talvez, interessem outras pessoas. Então, resolvi que irei listar sempre 20 fatos sobre mim, óbvio aqui no blog, pelo menos, uma vez ao mês. A primeira lista é esta, logo abaixo, que postei em meu perfil, no Facebook, no dia 07/06/2016. 

1. Sou ariana e, amigos que entendem sobre o assunto, dizem que faço jus ao meu sol em Áries.
2. Adoro escrever, tanto que, quando criança, eu dizia que seria escritora e até comecei a escrever um livro, que não terminei 
3. Tenho um blog e escrevo sempre que posso por lá. Porém morro de vergonha de compartilhar os textos aqui no Facebook por motivos de: sou tapada. E, por isso, só mando o link dos textos para os amigos mais chegados.
4. Odeio palhaços. Não os acho engraçados.
5. Adoro Korn, AC/DC e Pitty como também adoro Marília Mendonça, Maiara e Maraísa e Naiara Azevedo. Podem me julgar, tô nem aí.
6. Entrei na faculdade de jornalismo por causa do jornalismo de moda, queria trabalhar na Vogue (hahahahahaha), mas, durante o curso, me encontrei no jornalismo cultural e também me descobri uma ótima assessora de imprensa/comunicação.
7. Se eu pudesse adotaria todos os animais abandonados que vejo na rua.
8. Sou chorona. Choro de raiva, de alegria, de dor. Eu choro muito.
9. Não gosto de Los Hermanos e nem de Tiago Iorc.
10. Já tive parte do cabelo pintado de rosa, laranja e roxo, mas não todas as cores ao mesmo tempo.
11. Gosto de fotografar.
12. Tenho uma tatuagem. Quero fazer várias. Não há uma meta definida.
13. Adoro assistir documentários.
14. Odeio não saber de um assunto que todo mundo já sabe. Me sinto péssima quando isso acontece.
15. Não gosto quando alguém vem falar comigo só sobre feminismo ou me define como "a feminista", pois ser feminista é apenas uma parte de tudo o que sou. 
16. Adoro conversar besteiras da vida. Fofoca de famosos anônimos, essas coisas...
17. Já fui fã loka do Raul Seixas e sigo sendo fã dele, só não sou mais loka. rs
18. Pareço legal, mas corrijo os posts de vocês mentalmente.
19. Tenho pavor de grupos de Whatsapp.
20. Não gosto de café. Prefiro Nescau.


segunda-feira, 6 de junho de 2016

Minhas primeiras vezes inesquecíveis



No último domingo, 05, assisti, pela primeira, vez ao programa Estação Plural da TV Brasil e, curiosamente e coincidentemente também, o tema do primeiro bloco foi “Qual foi a sua primeira vez inesquecível?”. Os entrevistados responderam coisas muito interessantes e aí me pus a pensar: “Quais foram as minhas primeiras vezes inesquecíveis?”. Então, resolvi aqui mesmo, listar algumas delas.

Ah, atenção para o detalhe: esse texto será recheado apenas de boas lembranças... Nada de primeiras vezes ruins, pois disso a vida já está cheia. Farei questão apenas de lembrar os bons primeiros momentos, as deliciosas primeiras sensações e as inesquecíveis primeiras vezes que foram realmente boas. No entanto, não farei isso seguindo a devida ordem cronológica, pois o mais importante aqui serão os acontecimentos e não as datas.

Irei começar pela primeira vez em que ganhei livros para chamá-los de meus. Lembro que estava na quarta série, de acordo com a antiga classificação do Ensino Fundamental I, e ganhei um kit de livros do colégio mesmo – que era público –, com umas quatro ou cinco obras infantis de importantes escritores brasileiros. Acredito até, que se eu procurar com carinho lá em casa, sou capaz de achar algum deles e, para variar, em bom estado, pois sou cuidadosa com minhas coisas.

Hoje, antes de começar este texto, me deparei com um post de uma ex-professora de literatura do Ensino Médio e grande amiga sobre os 15 principais autores para ela e o primeiro da lista era Jorge Amado. Esta professora foi a primeira que fez com que eu lesse uma obra do Amado e o livro foi São Jorge dos Ilhéus (para quem não sabe, sou nascida em Ilhéus e ainda moro por aqui). O livro retrata um pouco da história da cidade e dos coronéis de cacau com a leveza na leitura que as obras do Jorge Amado proporcionam. Cheguei ao Ensino Superior e, durante a graduação de Comunicação Social – Jornalismo resolvi me envolver com um grupo de pesquisa sobre as obras de Jorge Amado novamente. Agora, já acumulo a leitura de, pelo menos, cinco obras dele.

A primeira vez que radicalizei no visual e decidi cortar o cabelo bem curto e alisar e colorir. Sempre usei o cabelo natural, que é cacheado, mas com a chegada da adolescência e a vontade de se parecer com as garotas bonitas, veio a necessidade de ser socialmente aceita, sei lá. Mas, apesar de hoje questionar o porquê de ter feito isso, à época, me senti maravilhosamente bem, pois foi uma das primeiras decisões que pude tomar sobre o meu próprio corpo e isso me fez bem. Amadureci e continuo achando o máximo ter pintado o cabelo de rosa, roxo e laranja durante uma época em que achavam o supra sumo da rebeldia sem causa. Bons tempos...

Quero muito tatuar boa parte do meu corpo, pois acho lindo e, este ano, em abril, me dei de presente a minha primeira tatuagem que é um poema de Zack Magiezi: “A cada dia/Ela é mais dela/E menos o que esperam dela”. Tatuei no peito, do lado esquerdo, em cima do coração. Talvez seja porque isso diga sobre mim, sobre meu jeito de ser, meu modo de reagir emocionalmente... Ou, talvez, apenas porque gostei do poema e de tantos outros que também quero tatuar em breve. Ah, não doeu muito fazer tatuagem. Penso que doeu pouco porque o texto foi pequeno e o lugar escolhido colaborou. Enfim, só sei que valeu a pena.

Como vivemos numa sociedade capitalista, ter dinheiro é importante, afinal, eu sou o que eu tenho, não é? Lembrando disso, veio à memória, a primeira vez que recebi meu primeiro salário num emprego de carteira assinada. Trabalhava numa madeireira, próxima à minha casa, e recebi o primeiro salário pela metade, pois o pagamento era quinzenal. Ali, ao receber o dinheiro, me senti adulta e uma pessoa responsável pelos meus próprios gastos a partir daquele momento.

Uma das melhores sensações que tive, em toda a vida, foi a primeira vez que vi um texto meu publicado. A matéria foi em grupo, e publicada num jornal online da faculdade, mas a sensação de ler o meu nome nos créditos foi grandiosa. Logo depois, a primeira matéria publicada em jornal impresso foi num jornal comunitário, que a turma construiu junto com uma comunidade de Itabuna. Mais tarde, tive o primeiro texto publicado no Blogueiras Feministas e um dos textos que mais tiveram repercussão e que realmente impactou toda uma comunidade, tanto pessoas transexuais e travestis, como também jornalistas, público ao qual o texto foi direcionado.

Por fim, foram muitas primeiras vezes boas e eu poderia passar dias e dias descrevendo todas elas aqui. Algumas foram efêmeras, passaram tão rápido que nem pude sentir direito; outras duraram certo tempo, o suficiente para lembrar de todas com carinho; muitas outras já nem me lembro mais, infelizmente... Porém todas possuem devida importância para a construção do meu eu em constante aprendizagem com todas as primeiras vezes que a vida já me proporcionou.


E aí, qual foi a sua primeira vez inesquecível?